1. Regressados de férias, na comunidade paroquial do Campo Grande retoma-se a actividade pastoral. Certamente todos retemperaram forças e, agora, com redobrada energia vão participar, na medida do possível, nas várias tarefas que lhes vão sendo pedidas. A vida cristã não consiste apenas na prática dominical, e na celebração das Festas do Natal e da Páscoa. Há inúmeras iniciativas que ultrapassam o simples testemunho cristão na família, no trabalho e na sociedade. Colaborar na comunidade cristã de que se faz parte também é uma afirmação de fé. E quais são as oportunidades de colaboração? 

. Na pastoral profética pode ser-se catequista, animador dos grupos de jovens, membro activo das equipas de preparação para o Baptismo ou para o Matrimónio. 

. Na pastoral litúrgica vale a pena integrar qualquer dos grupos que animam as Eucaristias dominicais: sendo leitor, ministro extraordinário da comunhão e até membro do grupo coral. 

. Na pastoral social e caritativa o voluntariado está aberto a numerosas iniciativas, como o acompanhamento de idosos ou de crianças, o apoio no serviço de refeições ao domicílio, o ensino de algumas matérias a jovens com problemas. 

.  O serviço central da Paróquia também pede ajuda na elaboração da Folha Informativa e na Página Informática, no serviço do Acolhimento e de colaboração no Cartório.

Tudo isto constitui a vida normal da nossa comunidade paroquial. Todos podem dar um pequeno contributo, escolhendo a actividade em que gostariam de participar. Este espírito comunitário é a marca de uma paróquia viva. Vale a pena sentir-se membro da Comunidade Paroquial do Campo Grande.

2. O Senhor Patriarca enviou uma carta aos diocesanos no início do novo ano pastoral. Nela encontramos, além do mais, três notas de singular importância: a maneira de se ser cristão numa sociedade que está a voltar as costas a Deus; o desafio da nova evangelização como prioridade absoluta na vida de cada comunidade cristã; e os grande momentos que, em Igreja, convidam à renovação pastoral. Nisto consistem, no parecer do Senhor Patriarca, as grandes linhas do programa diocesano que se irá desenvolver. 

. A responsabilidade do ser cristão – o cristão tem uma identidade própria, uma vez que procura em tudo assemelhar-se a Jesus Cristo. Deverá também dar testemunho de Cristo em toda a parte. Recomenda-se, no entanto, que para além de uma intervenção social, a preocupação sobrenatural marque todas as suas opções e atitudes. 

.  O Compromisso da Nova Evangelização – a missão evangelizadora consiste no redescobrir e partilhar o modo cristão de ser. Significa também a reiniciação cristã autêntica, uma vez que só com o aprofundamento constante da fé é possível a relação com Deus e com os outros na vida pessoal, familiar e comunitária.  

. A participação nos grandes acontecimentos da Igreja – de facto, este ano pastoral está marcado por três momentos de grande relevo para todos: os 300 anos da qualificação da Diocese de Lisboa como Patriarcado por decisão do Papa Clemente XI respondendo ao pedido de D. João V (1716); o centenário das Aparições em Fátima, com a vinda do Papa Francisco a Portugal, e a celebração do Sínodo Diocesano. 

.  A caminhada sinodal do Patriarcado de Lisboa – desde 2014 que se vem avançando no estudo da renovação pastoral da Diocese. Entre 30 de Novembro e 4 de Dezembro a assembleia sinodal definirá os caminhos futuros para a evangelização da cidade de Lisboa e de todas as comunidades limítrofes.

São três objectivos muito concretos e que envolvem todos os cristãos. Ninguém pode dispensar-se da afirmação cristã em toda a parte. Todos deverão aceitar a sua responsabilidade evangelizadora. É a todos, também, que compete participar nos grandes momentos que ajudam a construir comunidade

3. O trabalho do Sínodo Diocesano teve um tempo de preparação que envolveu milhares de católicos, que em mais de mil grupos reflectiram sobre a renovação pastoral necessária. Daí resultou o “Documento de trabalho” que está em estudo para a reflexão comunitária na assembleia sinodal em Novembro/Dezembro. Os 137 delegados irão deixar-se conduzir por 7 critérios que marcam o estudo e as conclusões a conseguir. É isto que o Senhor Patriarca refere na sua Carta aos Diocesanos de Lisboa. Quais são esses critérios? 

.  Critério do tempo, disponibilidade para acompanhar pessoas. 

.  Critério da unidade, prevalecendo sobre tensões e conflitos. 

.  Critério da realidade, um saudável realismo aberto à esperança. 

. Critério da totalidade, não esquecendo a globalidade da proposta evangélica. 

.  Critério da evangelização, (re)configurando nesse sentido todas as estruturas e rotinas. 

. Critério da autenticidade, para que o essencial evangélico ressalte em tudo e sempre. 

. Critério da qualidade e da beleza, como o Evangelho oferece e a evangelização não dispensa.

São estes critérios que vão orientar toda a acção pastoral do Patriarcado de Lisboa nos próximos anos. É um programa de grande projecção e que vai renovar como viver em alegria a loucura do Evangelho.

4. Na nossa Comunidade Paroquial do Campo Grande, em 2016/2017 vamos enquadrar-nos neste grande programa diocesano, sendo fieis à missão a que fomos chamados e vivendo com alegria cada passo dado no caminho para tornar a cidade mais cristã.
  Pe. Vítor Feytor Pinto- Prior