CORPO E SANGUE DE CRISTO – 7 de Junho de 2012

«TOMAI: ISTO É O MEU CORPO.

ESTE É O MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA ALIANÇA

DERRAMADO PELA MULTIDÃO DOS HOMENS»

(Mc 14, 22-24)

I LEITURA – I Ex 24, 3-8

A Aliança do Antigo Testamento, promessa firmada com sinais.

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés veio comunicar ao povo todas as palavras do Senhor e todas as suas leis. O povo inteiro respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que o Senhor ordenou». Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, levantou-se muito cedo, construiu um altar no sopé do monte e ergueu doze pedras pelas doze tribos de Israel. Depois mandou que alguns jovens israelitas oferecessem holocaustos e imolassem novilhos, como sacrifícios pacíficos ao Senhor. Moisés recolheu metade do sangue, deitou-o em vasilhas e derramou a outra metade sobre o altar. Depois, tomou o Livro da Aliança e leu-o em voz alta ao povo, que respondeu: «Faremos quanto o Senhor disse e em tudo obedeceremos». Então, Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Este é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco, mediante todas estas palavras».
Palavra do Senhor.

SALMO – 115 (116), 12-13.15.16bc.17-18 (R.13)

Refrão: Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Repete-se

Ou: Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor. Repete-se

Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias. Refrão

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo. Refrão

II LEITURA  – II Hebr 9, 11-15

A Nova Aliança, mediada por Cristo, firmada com o seu sangue.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Atravessou o tabernáculo maior e mais perfeito, que não foi feito por mãos humanas, nem pertence a este mundo, e entrou de uma vez para sempre no Santuário. Não derramou sangue de cabritos e novilhos, mas o seu próprio Sangue, e alcançou-nos uma redenção eterna. Na verdade, se o sangue de cabritos e de toiros e a cinza de vitela, aspergidos sobre os que estão impuros, os santificam em ordem à pureza legal, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Deus como vítima sem mancha, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso, Ele é mediador de uma nova aliança, para que, intervindo a sua morte para remissão das transgressões cometidas durante a primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna prometida.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO –  Mc 14, 12-16.22-26

Antes da sua morte, Jesus deixou-nos o memorial do seu sacrifício para que o celebrássemos em memória d’Ele.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?». Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: «O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?». Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». Os discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito e prepararam a Páscoa. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo». Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam dele. Disse Jesus: «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus». Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras.
Palavra da salvação.

CORPO DE DEUS

         Em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos homens. Em Jesus Cristo, conhecemos a «psicologia» de Deus: não mandou, deu exemplo; não julgou, perdoou; não se fartou, «amou-nos até ao fim»; e este fim foi a morte na cruz. «Conheço as minhas ovelhas e elas conhece-Me. Amai-vos como Eu vos amei.» (Jo 10/14; 15/12).

         Sem se contradizer, Jesus achou que, para nós, era bom que Ele partisse. (Jo 16/17). Apesar de saber que temos fome da sua Presença. Não só da Presença invsível de Deus, mas também da sua Presença como Homem.

         Inventou a Eucaristia.

         Na Eucaristia, Ele está. Tão realmente como outrora na Galileia ou na Judeia. No seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, dizem o catecismo e os concílios. Está, mas só é acessível à fé. As aparências, disseram sempre os concílios, são as do pão. Se alguém analisasse uma hóstia consagrada só encontraria as propriedades fisicas e quimicas do pão.

         Esta Presença austera é o grande apoio para a nossa fé e para a nossa oração. Sabemos que é dom de Deus, e isso nos convida a uma resposta de dom. Aprendemos rapidamente que a boa resposta não é a da sensibilidade piegas. Mas a decisão de O acompanhar, «para onde quer que vá».

         Sabemos que as três Pessoas de Deus habitam em nós, somos templos de Deus. Ninguém como Jesus, recebido na Eucaristia, nos pode introduzir neste mistério.

         A Eucaristia foi inaugurada num jantar de acção de graças e de despedida; ainda hoje, a Igreja insiste em que seja recebida numa celebração: a Eucaristia que é comunhão com Cristo, tem de ser também comunhão com os irmãos.

Pe. João Resina in A Palavra no Tempo

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