A MISERICÓRDIA DE DEUS E A MISERICÓRDIA ...

1. O segundo domingo da Páscoa foi consagrado pelo Papa João Paulo II à misericórdia de Deus. Foi precisamente neste domingo, a 27 de Abril, que o Papa Francisco canonizou o Papa da Misericórdia. Em Roma teve lugar um acontecimento único que não mais se vai repetir. Na Praça de S. Pedro, a Igreja Universal celebrou a vida e a obra de quatro Papas. Dois foram canonizados, passaram a ser santos da Igreja. Um participou na Eucaristia, apesar de ser Papa emérito, há um ano recolhido num mosteiro dentro do Vaticano. E o quarto Papa presente foi o Papa Francisco, que presidiu a...

CARTA DE ASSIS – 27 de Abril de 20...

1.A caminho de Roma, para participar na canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II, paro dois dias em Assis, o Santuário de Francisco e de Clara. Aqui, Francisco foi chamado por Deus a deixar tudo para se dedicar exclusivamente aos mais pobres. A cidade medieval está fundada num monte de onde se vê toda a planície da Umbria. O escuro dos monumentos contrastam com o azul do céu. A cidade velha aparece no meio da floresta verde espalhada pelas montanhas que rodeiam Assis. Aqui respira-se a presença de Deus. Com os 52 membros da nossa comunidade paroquial que se...

RESSUSCITOU, ESTÁ VIVO – 20 de Abr...

1. O essencial da fé cristã está em acreditar que Jesus ressuscitou. Na 1ª Carta aos Coríntios, Paulo di-lo expressamente. Naquela comunidade havia quem não acreditasse na Ressurreição. Era a cultura helénica que o não admitia. Mas o Apóstolo escreve com toda a clareza: “Se não há ressurreição, Cristo não ressuscitou e, então, a vossa fé é vã, a nossa pregação não tem sentido e nós somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Cor 15, 14-19). Acrescentou, porém, logo depois: “Mas Ele ressuscitou e, como Ele ressuscitou, todos vamos ressuscitar”. É um texto magnífico em...

O TRÍDUO PASCAL – 13 de Abril de 2...

1. A Igreja celebra nestes dias aquilo a que pode chamar-se o coração do ano litúrgico. No princípio, na comunidade de Jerusalém, celebrava-se apenas o Domingo de Páscoa. Evocava-se a Ressurreição do Senhor que, na madrugada do primeiro dia da semana, depois do dia 14 do mês de Nissan, venceu a morte, quebrando a pedra do Sepulcro. Mais tarde, compreendeu-se que não bastava viver a Vigília Pascal e era necessário completar esta celebração com dois momentos evocativos da Redenção: a Ceia Pascal e a memória da Paixão e Morte de Jesus. Assim surgiu o Tríduo Pascal, com 5.ª...

CHAMADOS À LIBERDADE – 6 de Abril ...

1. O Concílio Vaticano II deu, da Igreja, uma definição maravilhosa. Chamou-lhe Povo de Deus. Até aí os teólogos tinham recorrido a Paulo para considerar a Igreja o Corpo Místico de Cristo, um corpo com a cabeça que é Cristo e com relação de fraternidade, entre todos os seus membros. O Vaticano II disse que a Igreja é um mistério, mas logo depois considera-a o novo Povo de Deus. Enquanto tal, tem como referência permanente Cristo Jesus, tem como condição  a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, tem como mandamento único o amor e como projecto uma comunidade de gente...

VER COM OS OLHOS DE DEUS – 30 de M...

1. Acompanhando a vida dos catecúmenos que se preparam para o Baptismo a celebrar na Vigília Pascal, a Igreja oferece-nos textos maravilhosos da Palavra de Deus. Depois da transfiguração que convida à mudança de vida, depois da mulher samaritana que recebe de Jesus a promessa da água viva, hoje é o cego de nascença que tem um encontro com Jesus. O cego acaba por ver a Luz, não apenas a luz natural, mas a luz redentora que veio a este mundo e é Cristo Senhor. Nesta narrativa aparecem inúmeros actores. Cada um cumpre o seu papel, e contribui, a seu modo, para revelar Jesus...