1. António Gedeão escreveu um dia um poema, musicado mais tarde por Manuel Freire, em que fala do sonho, da capacidade de construir vida para além da realidade já em curso. Diz ele: “Eles não sabem, nem sonham/ que o sonho comanda a vida,/ que sempre que um homem sonha/ o mundo pula e avança/ como bola colorida/ entre as mãos de uma criança”. De facto é assim. Quando em 1997 cheguei à Paróquia do Campo Grande, acabara de inaugurar-se o edifício onde estão todos os serviços desta grande comunidade cristã. A casa parecia grande demais e ainda nem se acabara de arranjar o 5º andar. Durante estes 19 anos a vida espiritual e religiosa, bem como a acção de intervenção social, foram crescendo, a ponto de se ter a sensação de que já não cabem aqui tantas actividades que estão em curso. A semana que agora termina foi de uma importância extraordinária para continuar o sonho de alargar o espaço da Paróquia. Está em vias de ser nosso o terreno anexo à Igreja Paroquial. Para ali, depois da construção do edifício, serão transferidas muitas das actividades pastorais e sociais. O que está a acontecer então nestas semanas? 

. A 27 de Outubro a Paróquia assinará o contrato de promessa de compra e venda deste terreno pagando 10% do preço total do seu custo. 

. Têm chegado incentivos de muitos sacerdotes e de paróquias vizinhas, testemunhando alegria por esta iniciativa de grande alcance para a pastoral da cidade, na vizinhança do campus universitário. .

.  Algumas paróquias e amigos, ao regressarem de férias, têm vindo a contribuir com dádivas generosas para a compra do terreno. 

.  A 2ª recolha de bens para concretizar este sonho vai acontecer este fim-de-semana, dia 1 e 2 de Outubro, como foi previsto no lançamento desta campanha.

Temos, pois, razões de esperança para levar a cabo “este sonho que comanda a nossa vida”. Assim a comunidade se envolva e Deus nos ajude.

2. Uma obra destas não se pode realizar sem responsáveis que, em conjunto elaborem um programa, os projectos de arquitectura e de construção, as etapas da construção do edifício, de forma a atingir os objectivos traçados para este grande projecto. A comissão está constituída e teve a 23 de Setembro a primeira reunião. Gostarão de saber como é constituída esta comissão: 

.  Padre António Alves, vigário paroquial no Campo Grande há mais de 40 anos. 

. Álvaro Neves da Silva, que acompanhou inúmeros programas sociais em missão da União Europeia, em Moçambique. 

.  Álvaro Pinto Correia, presidente da Fundação Cidade de Lisboa, com obra social notável. 

. Carlos Poppe, empresário que foi a “alma” da construção do edifício da paróquia onde estamos. 

.  Gabriela Morais Sarmento, gestora que tem acompanhado a parte económico-financeira do Centro Social e Paroquial. 

. Joaquim Tarré, engenheiro, com grande intervenção social nas várias empresas que orienta. 

. João Talone, engenheiro, que apoiou organizadamente a construção do primeiro edifício da Paróquia do Campo Grande. 

.  Manuel Leal Rosa, economista, membro da equipa de gestão económico-financeira da Paróquia do Campo Grande. 

.  Luís Vasconcelos, engenheiro, vice-presidente do Centro Social e Paroquial. 

. Paula Brito, empresária, e também responsável, na paróquia pelo roupeiro e pelos campos de férias em Moçambique, onde desenvolve uma intensa acção social. 

. Vítor Feytor Pinto, o prior.

É motivo de reconhecimento de toda a comunidade paroquial a estes nossos amigos que aceitaram integrar a “comissão de obras” e que vão acompanhar este projecto que concretiza o sonho. São três as grandes etapas que temos pela frente: a compra do terreno, o projecto arquitectónico do edifício e, depois, a construção. Um grande e belo caminho à nossa frente.

3. É toda a Paróquia que já está envolvida neste sonho de crescimento. Todas as actividades pastorais precisam de espaço para maior eficácia. São mais salas para a catequese das crianças, são mais espaços para os encontros dos grupos de jovens, são lugares onde possam reunir-se tanto as equipas da liturgia, de preparação para o Baptismo ou de preparação para o Matrimónio, como também os grupos de narcóticos anónimos (NA), os grupos de alcoólicos anónimos (AA) ou jogadores anónimos (JA). Acrescentem-se as salas para os grupos de oração e os grupos da Escola de Leigos, e outros grupos informais como o de Teilhard de Chardin e Médicos Católicos. Temos ainda que conhecer as necessidades do Centro Social, com todas as suas valências, Creche, Jardim de Infância, Clube de Jovens, Centro de Dia para os idosos, visitas domiciliares e acompanhamento de casos sociais. É tendo tudo isto em conta que iniciámos já um trabalho bem estruturado: 

.  Reunir com os diversos sectores da Paróquia e do Centro Social, para definir claramente as necessidades concretas a que o futuro edifício deverá dar resposta. 

. Autonomizar as actividades pastorais e sociais mantendo sempre a relação profunda que na comunidade cristã é essencial; isto consegue-se com a melhor repartição de encargos no funcionamento de toda a estrutura paroquial. 

.  Integrar nos edifícios da paróquia a casa paroquial, residência dos padres que trabalham na paróquia, agora instalados na Av. da Igreja.

Com o apoio permanente da Comissão de Obras, a Paróquia está já a trabalhar intensa e eficazmente, na concretização deste grande projecto. Todos sabemos que o sonho comanda a vida, mas sabemos também que o sonho se concretiza quando trabalhamos, de mãos dadas, numa colaboração constante.

4. Neste fim de semana, para a concretização do sonho, estamos a viver um momento único: é a 2ª recolha de bens já programada desde Junho. Todos confiamos na generosidade de todos. Este sonho não é dos sacerdotes que agora acompanham a comunidade paroquial, é de todos os que se sentem membros desta nossa comunidade cristã, no centro de Lisboa, junto ao Campus Universitário e aberta a toda a cidade, a todos os que nos procuram.
Pe. Vítor Feytor – Prior